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Dia Mundial da Conscientização do Autismo: médico destaca importância do diagnóstico precoce

O Dia Mundial da Conscientização do Autismo é celebrado neste sábado (2), data que representa a luta em busca de inclusão e respeito. Em São José dos Campos, famílias convivem com o transtorno desde muito cedo, o que, em conjunto com o tratamento terapêutico contínuo, é essencial para dar uma boa qualidade de vida aos autistas.

O médico neuropediatra Dr. Alexandre Serafim destaca a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento com profissionais.

“Temos, nos primeiros seis anos de vida, um desenvolvimento cerebral muito importante. É o tempo em que a atividade cerebral está se desenvolvendo. Nos primeiros seis anos também temos uma grande plasticidade cerebral e capacidade de adaptação ao meio”, disse o médico.

Raaby Xavier, por exemplo, contou que começou a perceber sinais diferentes em sua filha Lethícia, de 15 anos, quando ela ainda era pequena. Segundo a mãe, com apenas seis anos, a menina já demonstrava dificuldades para acompanhar o desenvolvimento de seus colegas da escola.

“Às vezes, nós estávamos felizes com alguma coisa e ela sempre ficava ali quietinha. Não falava o que estava acontecendo, a gente tinha que adivinhar. A gente que tem que perceber os sinais dela, né. Ela não fala, não se expressa”, afirmou a mãe.


Nesta época, a família não morava em São José dos Campos e não tinha tanto acesso à informação. Por causa disso, o diagnóstico do TEA (Transtorno do Espectro Autista) só veio em 2021. Desde então, Lethícia frequenta uma sala de recursos para desenvolvimento e faz tratamento com psicólogo e psiquiatra.

Davi, de 8 anos, faz acompanhamento terapêutico desde cedo. De acordo com a mãe dele, Priscila Rodrigues, isso faz toda a diferença para o seu dia a dia.

“Sem a ajuda das terapias, ele não teria tido tanto progresso quanto ele teve. Graças a Deus tivemos a oportunidade de oferecer a ele essa terapia, né. Porque, no autismo, se você não tiver essa oportunidade, a criança estaciona ou até regride”, disse Priscila.

Apesar de não interagirem tanto e terem dificuldades para demonstrarem seus sentimentos, a paciência e o amor incondicional também são essenciais para o presente e futuro dos autistas, explicou o Dr. Serafim.

“Você receber uma criança autista ou com qualquer outra deficiência é uma prova de amor incondicional. Porque esse é aquele amor que é dado sem receber nada em troca. E, no caso, a criança autista não faz essa troca de afetividade. Então, é um amor que você está doando constantemente. Continuam amando seus filhos, mesmo que ele não dê respostas. Eles vão levar isso para o resto de suas vidas”, completou o médico.


Fonte: G1

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