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Danças melhoram qualidade da saúde e transformam vidas

Como forma de arte, atividade física ou prática de lazer, a dança conquista pessoas de todas as idades e garante melhoria na saúde e qualidade de vida. Depois do isolamento da pandemia, escolas de dança registram um aumento de 40% a 80% na procura pela dança, como forma de resgatar sonhos ou até como terapia.

Os sonhos não morrem com a infância, e o desejo de criança pode ser a realização da vida adulta. E com a dança não é diferente. A vice-diretora de escola, Andréia Tognete, de 44 anos, sempre foi apaixonada pela prática. “Quando eu era pequena adorava assistir às passistas no Carnaval e tentava imitá-las. Cheguei a fazer balé e ginástica rítmica quando criança. Agora adulta tive a oportunidade de voltar a dançar e, há mais de um ano, faço balé”, conta.

Para Andréia a dança transforma sua vida e a ajuda no dia a dia. “É a minha terapia, me traz de volta para mim, para o meu eu e para o que eu preciso ser. As aulas me relaxam e me tiram do estresse do trabalho, dos problemas da vida e do mundo. É o momento que eu me concentro na música e reconheço meu corpo e os meus limites”, afirma a bailarina.

SAÚDE

Pesquisas científicas mostram que a dança melhora o sistema cardiovascular, aumenta o fluxo sanguíneo, favorece a respiração correta e também ajuda nas defesas do organismo.

Fernanda Marcansolo, de 37 anos, é sócia e professora de uma escola de dança na Vila Municipal, e afirma que a dança, como qualquer exercício físico, libera vários hormônios. “A serotonina, endorfina e dopamina são hormônios que promovem felicidade, prazer, além de melhorar o humor. Então, só por isso vale a pena dançar, sem contar o equilíbrio, consciência corporal, concentração e aumento da auto estima”, diz.

Para a professora a dança é recomendada para todos, independentemente de idade, gênero, condição física, mental ou social. “A dança é movimento, é vida, alma, conexão, sentimento e qualidade de vida. Quem dança com certeza é mais feliz”, afirma.

Fermamda diz que depois da pandemia a procura pelas aulas vem crescendo a cada dia. “A pandemia mostrou que não temos tempo a perder. Hoje vejo um crescimento de até 40% e as pessoas estão sedentas por movimento e socialização”, conta.

TERAPIA

Mais que uma expressão artística ou atividade física, a dança ajuda muita gente de várias idades e perfis a superar males do corpo e da alma. Como é o caso de Juliana Santos, professora e proprietária de uma escola de dança no Vianelo, que, após passar por uma depressão, se viu curada pela dança. “A dança sempre foi uma grande aliada na minha vida e recentemente conseguiu me curar da depressão após perder dois filhos. Hoje sou muito mais forte devido à dança. É a minha terapia”, conta. 

A professora que ministra aulas de dança do ventre e dois estilos de tribal, conta que, na pandemia, teve que se adaptar ao modelo on-line. “Foi complicada a adaptação. Antes eu não era acostumada a dar aulas on-line, mas, com o tempo, fui pegando o jeito e hoje temos alunas de diversas cidades.”

Juliana conta que todas suas alunas procuram as danças por motivos terapêuticos. Vanessa Miguel, de 32 anos, aluna de Juliana, encontrou na dança do ventre a inspiração para viver bem. “Eu passei por um câncer, fiquei careca e engordei bastante. Quando encontrei a dança, estava no fundo do poço, e a Juliana sempre me incentivou a continuar. Hoje vejo que a dança me faz feliz, ela mudou a minha vida, me ensina a superar meus medos e me faz me sentir segura, sou muito grata”, conta Vanessa.

Aluna de Juliana há 5 anos, Rosana Chiapini relata que a dança tribal lhe ajudou a se soltar e a melhorar sua timidez. “A dança é a minha terapia. Para mim, foi muito curativa e me ajudou demais com a ansiedade, porque é uma prática que todos deviam fazer”, diz Rosana.

Professora de dança cigana há 5 anos, Elisângela Silva, mostra que a dança também serve como uma terapia de casal, e conta que após inserir seu marido na dança cigana, seu relacionamento melhorou muito. “A prática é bem diferente da dança de casal comum, e, sem dúvida, ajudou a melhorar nossa relação”, afirma Elisângela.

DANÇA NO AR

A educadora física Paula Agnello ministra aulas de Bungee Dance, um treinamento físico inédito no Brasil, que usa cadeirinhas presas no quadril e um elástico de resistência que pode ser fixado no teto. A prática vem conquistando as jundiaienses de todas as idades e a educadora já vê um crescimento de até 80% na procura. “Depois da pandemia, a procura pelas aulas aumentaram muito. As mulheres buscam trabalhar o movimento do corpo e se divertir”, conta.

A modalidade permite misturar movimentos aéreos com a dança, além de ser um exercício de alta intensidade, o que ajuda a queimar calorias. “O bungee dance traz alegria, música e exploração da criatividade entre as alunas, já que, além de saltos e giros, é uma aula coreografada e musical”, afirma Paula.

Fonte: Jornal de Jundiaí

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