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Curso de japonês gratuito da Biblioteca Salomão Malina faz alunos alcançar sonhos

Estudante de antropologia na Universidade de Brasília (UnB), Pedro Henrique Monteiro da Silva, de 20 anos, deseja “muito fazer mestrado no Japão”. A produtora de vídeo Giovanna Gati, de 19, pretende intensificar seu contato com a comunidade japonesa em Brasília. O ator e dançarino Nickolas Campos, de 29, afirma que “superar a barreira linguística é fascinante”.

Pedro Henrique, Giovana e Nickolas estão entre dezenas de alunos que buscam alcançar seus sonhos com o apoio da Biblioteca Salomão Malina, que oferece curso gratuito de japonês, no Conic, no Setor de Diversões Sul (SDS), em Brasília. As aulas são presenciais. Há possibilidade de novas turmas serem abertas futuramente.

A proposta da Biblioteca Salomão Malina, mantida pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), é estimular a cultura e a difusão do conhecimento. Ela completou 14 anos no último dia 28 de fevereiro e tem conquistado ainda mais o público de Brasília e demais regiões administrativas do Distrito Federal (DF), com mais de 4.800 exemplares à disposição para empréstimo gratuito.

Pedro Henrique mora na periferia de Brasília e diz que sua família não tem condições de pagar aula particular de idioma por ser de baixa renda. Com muito esforço, ele conquistou uma vaga no curso de antropologia da UnB, onde cursa a graduação, mas sabe que esse é só o início para trilhar uma carreira de sucesso. Por isso, com a cabeça no presente, já planeja o futuro.

 “Desejo muito fazer um mestrado no Japão. O curso me deu a possibilidade de alcançar meus sonhos e me ajudar, dando esse primeiro passo”, afirmou o futuro antropólogo, confiante de que a Biblioteca Salomão Malina é uma grande aliada para que consiga atingir seu objetivo.

A diminuição das barreiras entre os países e o aumento da necessidade de diálogo e cooperação entre as nações fizeram Pedro Henrique valorizar o novo idioma como a porta de acesso a outras culturas, presencial ou virtualmente. Isto porque, em um mundo cada vez mais interconectado, a humanidade usa a tecnologia também para superar os muros dele.

“O mundo está cada vez mais globalizado, e a possibilidade de conhecer novas culturas, pessoas e línguas sempre me fascinou”, ressaltou Pedro Henrique, que diz ser apaixonado pela cultura do Japão. “Desde animes à história do país insular. Quero me aprofundar mais no estudo e ter a possibilidade de ir algum dia lá”, disse.

A jovem Giovanna, por sua vez, contou que sempre quis aprender japonês, mas ainda não havia conseguido por falta de oportunidade. “Porque contribui para um raciocínio novo e permite que tenha acesso a mais conteúdos culturais de outro país”, afirmou.

Em Brasília, a produtora de vídeo integra a comunidade Nikkei, denominação em língua japonesa para os descendentes de japoneses nascidos fora do Japão ou para japoneses que vivem regularmente no exterior. De acordo com a Embaixada do Japão, mais de 2 milhões de pessoas da comunidade Nikkei vivem no Brasil.

Segundo Giovanna, o curso de japonês da Biblioteca Salomão Malina aumenta a possibilidade de integração dela na comunidade Nikkei, já que o novo idioma é o meio que abre caminhos não somente para ler, escrever e falar em japonês, mas, também, para mergulhar nas diversas nuances da cultura do país que fica no extremo leste do continente asiático.

O ator e dançarino Nickolas aposta no curso como um grande aliado para aumentar as chances de ele cursar mestrado na área de educação especificamente no Japão. De acordo com ele, o país insular “realmente investe na educação e enxerga nas metodologias educacionais uma ferramenta de integração”.

Além disso, Nickolas afirma que colabora para a preparação para intercâmbios futuros e novas oportunidades de trabalho em um público cada vez mais diversificado. “São benefícios demais, mas acredito que o estímulo constante ao aprendizado é o principal deles”, destacou ele.

Nickolas também disse que a língua japonesa é o quarto idioma que está aprendendo. Ele disse que já domina espanhol, francês e inglês.

As aulas são ministradas pelo professor Ítalo Bernardes, graduado em língua e literatura japonesas pela Universidade de Brasília (UnB). Ele também cursa mestrado em Literatura e Práticas Sociais pelo Departamento de Teoria Literária e Literatura da UnB.

Mais informações sobre a biblioteca podem ser solicitadas por meio do telefone ou WhatsApp (61) 98401-5561. (Clique no número para abrir o WhatsApp Web).

 Fonte: Fundação Astrojildo 

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