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As cores na Maçonaria

As cores sempre tem um significado ou melhor dizendo uma mensagem.

O branco simboliza a paz, o verde a esperança, e a liberdade, o vermelho é a cor das chamas e geralmente está associado à força, o amarelo ao material, o azul está fortemente associado a tranquilidade e a serenidade.

Na Maçonaria os ritos, também utilizam de cores, em suas vestimentas e ornamentos. No rito escocês antigo e aceito, atualmente predomina a cor vermelha.

Para entender melhor, vamos voltar a Maçonaria Especulativa onde se tinha um bom vínculo entre a Maçonaria e a Igreja, herança da Maçonaria Operativa.

O conflito com a Maçonaria só foi “institucionalizado” em 1738 através da Bula Papal In Eminenti.

Na Liturgia da Igreja Católica a cor vermelha é a mais importante, pois está ligada ao sacrifício de Jesus e dos Santos que foram martirizados por conta de sua crença.

É a cor dos Cardeais, que usam o solidéu e a faixa abdominal vermelha. E são eles que elegem os papas.

Em uma analogia com a monarquia, se o Papa tivesse o título de rei, os Bispos seriam os príncipes.

É nesse ponto que entra a influência da realeza junto à Maçonaria Especulativa do Rito Escocês antigo e aceito.

A família Stewart ou Stuart era de origem Bretã que se consolidou como Dinastia Real na Escócia a partir de 1371. E na Inglaterra entre 1603 a 1649 e 1660 a 1714.

Porém houve a Guerra Civil Inglesa, tendo o Rei Carlos, sido decapitado e a Rainha Católica exilada na França, juntamente com vários membros da aristocracia, que foram iniciados em Lojas Maçônicas Francesas e colaboraram na referida formatação da Maçonaria Operativa.

Sendo eles nobres aristocratas e católicos, nada mais natural que nas Lojas e adornos (avental) constasse sua condição de “Sangue Real”.

E o VERMELHO, tornou-se a cor predominante nos ambientes onde eram desenvolvidos os trabalhos do Rito escocês antigo e aceito.

Sendo estas afirmações, confirmada pelas seguintes instituições e literaturas.

Primeiro Supremo Conselho do Rito Escocês Antigo e Aceito (1801), Grande Oriente Brasileiro (1834), Regulador Geral do Rito escocês antigo e aceito, para o Império do Brasil (1857), Congresso de Supremos Conselhos do Rito escocês antigo e aceito (1875), e Regulamento Geral da Ordem Maçônica no Brasil (1902), e também na vasta literatura atual.

Seguindo o exemplo do Rito Escocês antigo e aceito, entendemos que cada rito em determinado momento da história, teve a sua particularidade que determinou o uso de suas cores.

Porém estamos falando especificamente das cores e não dos ritos, voltando ao assunto, vamos falar das cores.

Branco.
Branco, é a cor original do avental maçônico, e sempre foi considerada um símbolo de pureza e inocência, exemplificado em imagens como o lírio branco ou neve caída.

Platão afirma que o branco é a cor por excelência dos deuses. Na Bíblia, Daniel vê Deus como um homem muito velho, vestido de vestes brancas como a neve (Daniel 7.9).

No Novo Testamento, Jesus é transfigurado no Monte Tabor diante de Pedro, Tiago e João, quando suas vestes se tornam, brilhantes, em branco, “(Marcos 9.3)”. Sacerdotes oficiantes de muitas religiões, usavam e ainda usam roupas brancas. Na antiga Jerusalém, tanto os sacerdotes e os Levitas, realizavam os ritos do templo assumindo roupas brancas.

Entre os celtas as cores sagradas, é branco, azul e verde, foram entendidas para defender a verdade, luz e esperança. Druidas foram vestidos de branco.

Branco também está ligado com a ideia da morte e ressurreição. Entre muitos outros significados e atribuição que as civilizações ao decorrer da história, atribuíram a está cor.

Azul,
azul celeste ou um céu azul. "Universalmente, denota a imortalidade, a eternidade, castidade, fidelidade, azul claro, em particular, representa a prudência e a bondade.” No Arco Real, é dito que é um emblema de beneficência e caridade.

Nos tempos bíblicos, o azul era intimamente relacionado com roxo.

Muitos estudiosos, têm se intrigado, com significado correto de tchelet, (luz azul) e Argaman, (roxo), geralmente mencionados juntos, nas escrituras antigas.

Só recentemente o problema foi resolvido, através de pesquisa sobre os corantes, e os métodos de tingimento, utilizados pelos antigos Fenícios e hebreus.

Ambas as cores, ao que parece, foram produzidas com materiais de tingimento extraídos de murex, um molusco abundante na costa do Líbano. O tchelet, foi obtido a partir de uma variedade de (Murex trunculus).

Alguns historiadores concluíram que, na Idade Média, na Europa, o azul era pouco, popular.

A cor favorita, era o vermelho, porque os tintureiros poderiam alcançar tons mais fortes.

Com o roxo prestigioso do mundo antigo.

O azul, gradualmente tornou-se reconhecido como uma cor nobre, o "Royal Blue", que desbancou, o vermelho na corte, e o vermelho, começou a ser utilizado pelas classes mais baixas, e assim sendo considerado vulgar.

Azul e ouro (ou amarelo) tornaram-se então as cores de escolha para escudos, bandeiras e farda.

O Azul foi usado na França, visivelmente como pano de fundo para a flor-de-lis. Tornou-se associado a termos de prestígio, como o sangue azul, cordon bleu (originalmente a faixa da Ordem do Espírito Santo), azul riband (do Atlântico) e blue chip.

Agora voltando-se ao Roxo.

O Roxo é um símbolo de realeza imperial e rica, mas também pode se relacionar com penitência, e a solenidade da Quaresma e do Advento nas estações da igreja cristã. Embora descrito (no Arco Real, por exemplo), como “um símbolo de união, sendo um composto de azul e vermelho, “Eu acredito que isso seja uma explicação um tanto simplória”. Mas um fato curioso, parece ter escapado, da maioria dos autores sobre este assunto, é que na Cabala, a Palavra hebraica para o roxo, Argaman, é meio que representado, pelas iniciais dos nomes dos cinco principais anjos, no esoterismo judaico.

Voltando-se ao Vermelho, vamos acrescentar mais uns pontos, não citado.

Vermelho, é a cor do fogo, e do calor, como já sabemos. É tradicionalmente associada, com a guerra. Na Roma, o manto usado por generais, era vermelho. A cor do sangue é naturalmente conectada com a ideia de sacrifício, força e heroísmo. Significa também a caridade, devoção, abnegação, talvez recordando o pelicano que alimenta a sua prole com seu próprio sangue.

Em hebraico, o nome do primeiro homem, Adão, é semelhante ao vermelho sangue, e da terra. Esta ligação com a terra pode explicar, ou não, a ligação do vermelho com as paixões, o amor carnal, muito utilizado pelas mulheres para atrair seus amantes. É a cor da juventude. Geralmente, representa expansiva força e vitalidade. É o emblema de fé e coragem, no Arco Real, de fervor e zelo. Ele também tem um lado mais sombrio, como a associação as chamas do inferno, a aparência de demônios, ou o rosto da raiva.

Também temos o Verde.

A cor Verde foi diretamente associada a imortalidade, ou ressureição. A Acácia, (A sempre-viva maçônica), tem sido sugerida como um símbolo, de uma vida moral ou renascimento, e também de imortalidade.

Para os antigos egípcios, o verde era o símbolo da esperança. A Grande Loja da Escócia, adotou o verde como a cor emblemática, e, em vários tons, está incorporada nas vestimentas e nos seus graus, na Maçonaria irlandesa e na Maçonaria Escocesa.

E o Amarelo.

Amarelo é uma cor ambivalente, ressentindo tanto o melhor e o pior, a cor de cobre e do mel, mas também a cor do enxofre e da covardia. O amarelo é a perfeição, da Idade de Ouro, a qualidade inestimável do Golden Fleece, e das maçãs de ouro das Hespérides.

É também a cor do adesivo imposto sobre os judeus como um sinal de infâmia. No décimo sexto século, a porta da casa, de um traidor, era pintada de amarelo. A visão, preconceituosa expressa hostilidade, mas o simbolismo, mais memorável do amarelo, é o que ele nos faz lembrar, é o sol, e o ouro.

Por fim, o Preto.

As três cores fundamentais até a Idade Média, na Europa, é o branco, vermelho e preto. Estas, também, podem ser consideradas como as cores principais da Maçonaria. O branco dos graus de Arte, o vermelho do Arco Real e de alguns dos graus do Rito Escocês Antigo e Aceito, e o preto de outros graus, e dos Cavaleiros de Malta. As outras cores do arco-íris encontraram usos limitados, e apenas servem para o quadro ou a linha branca sobre a qual tantos aventais são baseados, ou por faixas e outras alegorias.

Tradicionalmente, o preto é a cor da escuridão, da morte, do submundo, embora não fosse introduzido para tal fim, até cerca de meados do século XIV. O "humor negro" de melancolia (Atara hilis), o corvo negro de mau agouro, a missa negra, mercado negro, "dias negros", todos se referem a aspectos negativos.

A Pedra Negra em Meca, considerada, pelos muçulmanos, como sagrada, pode ter sido em algum momento branca, e os pecados do homem causaram a transformação, pelo menos é, nisso que os muçulmanos acreditam. No Rito Francês e Escocês, a Loja no terceiro grau é decorada em preto e é repleta de lágrimas brancas ou prata, representando a tristeza causada pela morte de, Hiram Abif.

Esperamos, que tenham gostado da nossa pequena introdução, sobre as cores na Maçonaria.
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